segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Relatório de Prioridades para Gestão Cultural do Município de Sete Lagoas Conselho Municipal de Cultura 2008/2009


Para uma nova política cultural

Para dar conhecimento ao público em geral:

Relatório de Prioridades para Gestão Cultural do Município de Sete Lagoas
Conselho Municipal de Cultura
2008/2009



Sete Lagoas 22 de Abril de 2009
Á
Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação Social
A/C
Sr. Frederico de Almeida
Secretário Municipal de Cultura e Comunicação Social

Prezado Senhor
O Conselho Municipal de Cultura de Sete Lagoas solicita a Secretaria Municipal de Cultura à atenção devida às prioridades para gestão cultural apontadas neste relatório conforme reuniões, do CMC, realizadas ao longo do ano de 2008/2009.
Esclarecemos que se trata de um instrumento de orientação, através das representações do CMC, para cobertura e amparo dos anseios culturais de nossa cidade, diagnosticado tecnicamente para melhoria e viabilização do cumprimento obrigatório do município no incentivo, manutenção dos bens culturais e diversidade cultural.

Seguem itens priorizados ordenadamente e suas justificativas.

Atenciosamente,
Paulo Henrique de Souza Elaine Loures
Presidente - CMC Secretária -CMC

Conselheiros

Instalação de Política Cultural Adequada ao Município - Prazo 1 ano

1– Desmembramento da Secretaria de Cultura das demais secretarias.
Justificativa
A fusão da Secretaria de Cultura com as demais secretarias inviabiliza a aplicação técnica e financeira dos recursos devidos e amparados por lei para cobertura das necessidades organizacionais da secretaria em prol do município. Lei Orgânica art. 186.
A funcionalidade da secretaria acaba por ser comprometida e desviada juntamente com os recursos humanos e financeiros da mesma.
Conforme o tamanho da população de Sete Lagoas cabe legalmente uma secretaria única de cultura

2 – Divisão da Secretaria de Cultura em departamentos funcionais para atendimento ao público.
Justificativa
A falta de um organograma funcional da Secretaria Municipal de Cultura evidencia a dificuldade no atendimento e o acúmulo operacional comprometendo e frustrando a expectativa de melhor profissionalização do atendimento.
Faz-se urgente e necessário um acompanhamento técnico-cultural para o público.

3 – Aplicação integral da verba destinada ao setor cultural, não menos que 5% do montante destinado à educação conforme previsto na Lei Orgânica art. 186.
Justificativa
A falta da aplicação orçamentária integral no setor cultural gera historicamente um déficit na difusão e valorização das manifestações culturais e manutenção de bens patrimoniais bem como, a produção ínfima de um relatório anual para retorno de investimento via ICMS e IPI/ Exportação do município, Relatório anual do IEPHA.
A não aplicação orçamentária devida traz para o município a vulnerabilidade legal estabelecida pela Lei Orgânica.

4 – Transparência e democratização das ações culturais, investimentos e gastos oriundos do executivo para os setores culturais.
Justificativa
A transparência e democratização das ações culturais, investimentos e gastos nos segmentos culturais facilita o estreitamento dos conselhos, Conselho Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, com executivo na gestão cultural sadia.
Historicamente o município não presta contas aos conselhos e não discute as ações e investimentos a serem aplicados bem como, a tramitação processual das mesmas. As dúvidas em relação aos processos e investimentos geram um distanciamento e descaso do executivo com o poder constituído dos conselhos colocando em risco o processo de co-participação dos mesmos nas responsabilidades que lhes são atribuídas.

5 – Adequação do Município de Sete Lagoas ao Sistema Nacional de Cultura.
Justificativa
O SNC – Sistema Nacional de Cultura, instituído pelo governo federal, proporciona e disponibiliza aos municípios uma série de ferramentas e investimentos para difusão, valorização e manutenção das diversidades culturais de cada um.
O município de Sete Lagoas não obtém nenhum proveito e muito menos investimentos advindos do MIC Ministério da Cultura por falta de adequação técnica ao perfil exigido no SNC.
O primeiro passo para inclusão do município seria a inscrição do Protocolo de Intenções no Ministério da Cultura, cujo documento já foi repassado a secretaria de Cultura desde 2007, mas que ainda não foi assinado pelos representantes de Sete lagoas, por descaso à importância do documento.

6 – Manutenção e amparo funcional dos conselhos, de Cultura e Patrimônio, em suas estruturas físicas e recursos humanos.
Justificativa
A profissionalização dos processos culturais do município aliado ao conjunto de obrigações e responsabilidades dos conselhos requer o cumprimento legal desta solicitação.
Há uma necessidade imediata de local, linha telefônica exclusiva, computadores ligados a internet em rede com o executivo, móveis adequados, funcionários exclusivos, material de escritório e assistência jurídica mensal, divulgação para sociedade através de um plano de mídia adequado, criação de logotipo, site etc.

7 – Aplicação e cumprimento da Lei Municipal de Incentivo a Cultura nº 5.068/95 via Fundo Municipal de Cultura, para absorção de projetos culturais devidamente estudados e aprovados pelo CMC e COMPAC através de editais publicados, conforme prioridades culturais do município estabelecidas com os conselhos e o executivo.
Justificativa
Em dez anos de existência a lei municipal de incentivo a cultura não foi aplicada em sua totalidade e nem parcialmente. Vários modelos, estudos e soluções de adequação da lei municipal de incentivo a cultura são tratados secundariamente pelos setores de contabilidade, planejamento e fazenda do executivo inviabilizando a regulamentação da lei.

8 – Absorção direta de projetos culturais pela Secretaria de Cultura devidamente financiados e previstos em contas orçamentária LOA/LDO com parecer técnico do CMC e COMPAC através de convocação em edital via conta Difusão das Manifestações Culturais e outros meios de financiamento de projetos para cidade.
Justificativa
A aplicação deste recurso, previsto em orçamento, é livre, ficando a mercê da vontade do secretário e ou prefeito com respaldo legal de remanejo orçamentário. A dificuldade na transparência deste recurso cria uma incógnita. O destino dos investimentos devidamente organizados e planejados, em projetos culturais tanto do executivo como dos artistas e produtores culturais, facilita e impede todo e qualquer processo de remanejo deste recurso, possibilitando um histórico de prioridades do mesmo.

9 – Distribuição orçamentária planejada e adequada tecnicamente à Secretaria Municipal de Cultura.
Justificativa
A distribuição orçamentária planejada com apoio dos conselhos de cultura cria uma sistemática democrática e técnica na gestão cultural do município. Desta maneira será mais fácil adequar e absorver as emendas orçamentárias oriundas da Câmara Municipal de Vereadores, bem como efetuar pagamentos de subvenções culturais as entidades inscritas no CMC e amparadas pela lei de utilidade pública.

10 – Criação de um Plano Municipal de Cultura, junto aos conselhos, que se adéqüe ao plano diretor do município e apresentação de um cronograma que facilite o entendimento e execução das prioridades na gestão cultural do município.
Justificativa
A falta de um planejamento adequado, para prática de políticas culturais bem como, diretrizes a serem seguidas, gera um histórico de descontinuidade dos processos técnicos de amparo aos diversos seguimentos culturais do município, promovendo a vulnerabilidade do setor conforme a troca do gestor público.

Sete Lagoas 22 de abril de 2009

Paulo Henrique de Souza
Presidente

Elaine Loures
Secretária

Conselho Municipal de Cultura Conselho Municipal Cultura

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

terça-feira, 9 de agosto de 2011

PREQARIA CIA DE TEATRO - JEAN PAUL SARTRE






Companhia PreQaria apresenta "Conversa Séria de Calcinha e Soutien" na Casa da Cultura
Atração faz parte da "Mostra Cinco Anos PreQaria", realizada em conjunto com a Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação Social



Na comemoração do quinto aniversário da Preqaria Companhia de Teatro, a Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação Social traz a Sete Lagoas a “Mostra Cinco Anos PreQaria”. O evento acontece de agosto a dezembro e  terá a apresentação de seis espetáculos e cinco oficinas com artistas convidados e atores do grupo.

Nos dias 10, 11 e 12 de agosto, às 21h, acontecem
 na Casa da Cultura as apresentações da peça "Conversa Séria de Calcinha e Soutien", livremente inspirada na peça “Entre Quatro Paredes” de Jean-Paul Sartre.





A história retrata temas sérios de forma divertida. Depois de mortas, quatro pessoas estão no inferno, mas, ao invés de encontrarem demônios empunhando tridentes, encontram pessoas comuns que fizeram parte de suas vidas.
A peça é tem direção do sete-lagoano João Valadares e dramaturgia de Anderson Feliciano e João Valadares.


Durante os dias da apresentação, será realizado, de 13h às 17h, o workshop de composição cênica. São 18 vagas disponíveis, sendo exigido apenas que os participantes tenham mais de 14 anos. A oficina tem o objetivo de trabalhar mentalmente o ator para realizar várias atividades ao mesmo tempo e as compor em uma cena coletiva. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail contato@preqaria.com.br .
As outras peças exibidas durante a mostra serão “QORPO SANTO“, "Tribunal Quarto de Zona", “Nosso Estranho Amor” e  “Fausto(s!)”. As datas das outras apresentações e das oficinas serão definidas ao longo da mostra.

Em Sete Lagoas o grupo também conta, há mais de dois anos, com a Escola Livre de Teatro. A iniciativa é importante ferramenta de difusão e popularização do teatro e da arte na cidade e também  tem apoio institucional da Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação Social e do Clube de Letras de Sete Lagoas. Conheça melhor o trabalho da Companhia PreQaria no site www.preqaria.com.br .

Peça "Conversa Séria de Calcinha e Soutien"
Comédia
10, 11 e 12 de Agosto
Quarta a sexta-feira, às 21h
Casa da Cultura de Sete Lagoas (avenida Getúlio Vargas, 91, Centro)
R$20,00 inteira / R$10,00 meia
Ingressos à venda 1 hora antes do espetáculo


Outras fontes:

João Valadares Ator e Diretor
Tel: 31 8894-4243
email: 
joaovaladares@preqaria.com.br  
e
Thiago Amador – Produtor 31 8782-2383
email: 
thiagoamador@preqaria.com.br








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sábado, 28 de maio de 2011

Academia Sete - Lagoana de Letras / Visitas especiais para posse especial


Zezinho, Patrícia, Lozandres, Dmtrius 
(Posse do Zezinho na academia Sete-Lagoana de Letras)






CULTURA OMISSA É CULTURA?

Nesse último dia 28, no auditório da Casa da Cultura Francisco Timóteo; tomou posse na cadeira de Nº 3, o talentoso artista teatral; José Eustáquio Corrêa (Zezinho).
O novo acadêmico foi saudado por Maria Auxiliadora Matos de Melo, também Acadêmica.
Dirigindo a sessão solene estava o jornalista e Acadêmico; Márcio Vicente da Silveira Santos, secretariado por Mariza da Conceição Pereira.

Essa cadeira possui um sentido muito especial para a cidade porque traz o nome do Mauro Faccio Gonçalves(Zacarias). O grande humorista do quarteto dos trapalhões que faleceu em 1990. O Zacarias nunca se esqueceu da sua cidade natal; Sete Lagoas. Mencionava o tempo que podia sobre suas raízes e não desprezava seus entes.

Mas a solenidade estava muito boa e aspectos da vida do Mauro Faccio foram recordados com muita desenvoltura pelo Zezinho. Alguns números artísticos foram apresentados e muito aplaudidos.

Na platéia, além do público, estavam os acadêmicos com assentos efetivos na Academia Sete-Lagoana de Letras e um casal muito especial. Esse casal viajou de Rio das Ostras (RJ) exclusivamente para assistir a posse. Trata-se dos Fãs do Zacarias que foram contatados pela Rede aan. Lozandres Braga e Patrícia formam esse simpático casal que não mediram esforços para estarem presentes. Os mesmos estiveram na cidade na penúltima exposição na Galeria Myralda, quando aconteceu alí uma exposição documental sobre vida e obra do Zacarias.
Como vcs. Mesmos podem ver, se fizermos as coisas com um maior potencial comunicacional e um envolvimento mais sério, (em termos de investimentos na imagem cultural da cidade), poderemos ser considerados mais dignos e nossa cultura poderá ser mais bem vista, principalmente quando recebe visitas de pessoas  de outras plagas como essa do casal Lozandres e Patrícia.

Eu não vou citar coisas chatas aqui como: - a necessária formação de uma política cultural sistemática que zela pelo bem cultural do cidadão local e muito menos citarei o desdém de pessoas chave para abrilhantar mais ainda os eventos culturais que veem sendo operacionalizados pela sociedade organizada de nossa cidade. Vou parar por aqui, porque o espaço e a ética me diz para maneirar um pouco. Mas não podemos esquecer que a semente é pequena em relação a arvore que ela gera. Se queremos ver uma cultura com dotação e captação orçamentária à sua altura, deveremos ser aptos a aprender  cultivar pequenas sementes que caem em nosso solo. O Zacarias não foi somente uma semente que germinou  por aqui, mas foi uma árvore inteira que teve seu cultivo garantido e cujo solo não suportou seu crescimento. Seus frutos não pereceram com a sua morte, mas vai depender é de como encaramos uma ameaça tão grande que é a evasão dessas “pessoas chaves” dos eventos tão importantes como esse da Academia. Isso atesta ‘nossa’ incompetência em assistir espetáculos e valorizá-los como processo histórico em curso e interferirmos nele como produtores e agentes culturais... Isso menospreza o que insistimos chamar de cultura para cairmos no meio do caminho com um pires e algumas moedinhas na mão dadas por políticos e empresários generosos.

Existe um pensamento dentro do marketing que cabe perfeitamente aqui; “Transforme as ameaças em oportunidades”... e a grande ameaça que enfrentamos, há  muito tempo, é não estarmos no lugar certo na hora certa e não falarmos e fazermos  as coisas certas no momento exato. Não podemos esquecer que somos a história e a construimos principalmente quando unimos pensamento e as ações em algo verticalmente magnânimo. Temos vários “Zacarias” por aqui e o solo continua o mesmo e o público “especial” continua cego e negligente com as pequenas sementes. Será que as “famílias” também seriam uma grande ameaça ou uma grande oportunidade para que nossa cultura  seja cultivada???

Dmtrius Cotta

João Basílio